Crítica de Star Wars: A Nova Trilogia
Sem dúvidas Os Ultimos Jedi dividiu muito o público de Star War. Em toda a trajetória que se teve de Star Wars foi possível ver isso, tendo em vista que nenhum dos filmes de George Lucas trouxe mais do mesmo, muito pelo o contrário, nas prequels (os 1,2, e 3 atuais) George Lucas inovou o cenário de SW, trazendo vários personagens novos e um enredo completamente diferente, o que fez também com que alguns fãs que procuravam de volta os filmes assistidos na década de 70 se decepcionassem.
Na minha opinião, o fator mais importante é a inovação. Acho desnecessário ficar remoendo e remoendo a mesma história. J.J. Abrams no Despertar da Força mostrou-se indo pelo lado contrário de toda a filosofia que Lucas construiu, trazendo visivelmente esse famoso mais do mesmo, do início ao fim, vemos a história se repetir, até mesmo nos detalhes, como por exemplo:
1. A Starkiller
2. Um vilão com máscara e com um mestre velho e de rosto deformado
3. Um Mestre Jedi isolado em um planeta exótico
4. O fato de serem 3 personagens principais
5. O fato de tudo começar num planeta desértico, Jakku
6. Uma protagonista sem pais
7. Resistência x Primeira Ordem (Rebeldes x Império)
E esses são apenas alguns exemplos. Abrams tentou produzir uma fórmula para um filme de SW de sucesso e que realmente, por ter o nome da saga, arrecadou um dinheirão, em detrimento da parte artística de Star Wars, que era a essência dele, inovação, você consegue ver no filme diversas e diversas influências literárias, de pintores de cineastas, e até mesmo da política e da história de um modo geral, dentro de poucas horas de filme. O sétimo filme só conseguiu mostrar o próprio Star Wars, sendo assim, um filme nada original e sem personalidade alguma.
Dentro desse contexto, que temos que entender, Rian Johnson foi posto para fazer o roteiro e a direção dos Últimos Jedi. Rian, ao contrário de JJ, tentou trazer algo novo para o filme. Ele colocou sua própria pegada e não se intimidou com o que os fãs realmente queriam saber, à exemplo da origem de Snoke, ou à majestosa família da Rey. Aquela primeira cena, de Luke jogando o sabre fora, que foi uma das cenas mais esperadas para esse filme, foi simplesmente um tapa na cara de todo aquele trama do Despertar, trazendo um Mestre Jedi nada, mas ponha nada nisso, convencional. Podemos ver também que ele não matou Leia,coisa que qualquer outro diretor faria. As cenas de Finn e Rose trouxeram uma tremenda crítica à coisas que realmente acontecem nos dias de hoje. Ele matou o Supremo Líder Snoke, trazendo uma nova perspectiva de como funciona os Siths e o Império (ou Primeira Ordem), o que nem o próprio George Lucas fez, e por fim, mostrou, tanto na descoberta de quem são os reais pais da Rey, quanto na última cena do filme (última mesmo) que a Força não está no sangue dos Skywalker, e sim em qualquer um.
Por Johnson ter trazido algo novo e não ter posto mais do mesmo, gerou-se polêmica, fazendo assim com que alguns não gostassem, eu amei. Até o próprio George Lucas em entrevista à Hollywood Reporter fala que gostou do filme (https://www.hollywoodreporter.com/heat-vision/star-wars-george-lucas-thinks-last-jedi-was-beautifully-made-1067092). E o único que tem e teve coragem de dentro da Disney criticar aquilo tudo que Star Wars estava passando foi o ator Mark Hamill (Luke), que achou um absurdo o fato de Lucas não está participando e criticou piamente o Despertar da Força, afirmando que era foi feito para fazer dinheiro, como podemos observar em inúmeros filmes que são produzidos hoje em dia.